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Para celebrar o Dia do Internacionalista – comemorado dia 26 de setembro – o curso de Relações Internacionais da UCP recebeu, mais uma vez, a professora e pesquisadora Monique Sochaczewski na palestra Para onde vai o Oriente Médio? O evento aberto ao público aconteceu nesta terça-feira (30.09), no Salão Nobre do Campus Dom Veloso.
Com larga experiência nas áreas de História e Relações Internacionais, com interesse em especial, entre outras temáticas, no Oriente Médio, a doutora em História, Política e Bens Culturais, Monique Sochaczewski, mergulhou o público em uma reflexão crítica sobre os desdobramentos políticos, econômicos e geoestratégicos recentes na região do Oriente Médio, considerando seus impactos para as relações internacionais contemporâneas.
A pesquisadora aponta a importância de fazer uma análise sobre o assunto, especialmente com um público de futuros internacionalistas e interessados na temática.
“O mundo está numa transformação, uma transição hegemônica e o mundo todo está no radar do internacionalista. Não sei se felizmente ou infelizmente, o Oriente Médio segue relevante. Sempre a gente acha: agora vai mudar, agora vai resolver os problemas. Mas, sobretudo quando a gente pensa a guerra que se instalou a partir do 7 de outubro de 2023, com os ataques terroristas do Hamas, e a guerra, a entrada de Israel em Gaza, a guerra em si, o Oriente Médio voltou a entrar em turbulência”, comenta a especialista sobre a relevância de abordar esse assunto na data tão significativa.
“A não resolução da guerra no Oriente Médio está impactada no mundo todo. A gente viu as ruas no mundo todo com as pessoas demandando uma solução. Uma assembleia geral da ONU, na semana passada em Nova Iorque, esse foi um dos temas relevantes. Mas justamente hoje, quando a gente está aqui, na UCP, falando dessa data. Falando do Oriente Médio e festejando o Dia do Internacionalista, pode ser que a gente tenha tido uma solução, uma solução que talvez surpreenda todo mundo, porque está partindo de ninguém menos do que Donald Trump”, explica Monique, que destaca a importância de entendermos as questões e rumos desse conflito.
“O conflito importa para gente entender para onde o mundo está indo, mas também pelo impacto no comércio internacional. Pelo impacto para os nossos interesses, inclusive como exportadores de produtos agrícolas, pecuários. Para o Golfo, de uma maneira geral. O papel que aquela região tem na rota da China. Então, infelizmente, a não solução dele nos impacta também”, lembra.