02 de outubro de 2025
Um problema que se expandiu há 20 anos no Rio de Janeiro, as milícias hoje são uma triste realidade na vida das comunidades cariocas. Elas comandam e controlam o comércio e a prestação de serviços nessas regiões, violando qualquer direito dessas pessoas. O tema foi o mote das discussões da palestra O Controle das Milícias e do Tráfico sobre os Serviços no Rio de Janeiro: novas formas de violações aos direitos humanos, que recebeu o subsecretário de Proteção e Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro e ex-aluno da UCP, Felipe César. O evento aconteceu nesta quarta-feira (1º.10), no auditório do Campus Dom Veloso.
A proposta da palestra organizada pelo Centro de Ciências Jurídicas da UCP, por meio do Prof. Dr. Daniel Machado, foi discutir os impactos da violência urbana sobre os direitos dos consumidores no estado do Rio de Janeiro, com ênfase nas comunidades mais vulneráveis. A ideia foi debater a vulnerabilidade de comunidades que são obrigadas a contratar serviços de traficantes e milicianos, tais como gás, internet e luz.
“A importância do tema se dá sim, principalmente porque a universidade é o campo propício para refletir sobre novas ideias. A realidade que está posta é uma realidade excludente. Uma realidade desigual. Uma realidade de ofensa do direito. É a luta do mais forte contra o mais fraco. Isso não é o direito. O direito é justamente igualar os desiguais. Isso é a justiça. Então falar sobre esse tema é primeiro ter a coragem de pautar isso, de dizer quais são os caminhos que podem ser feitos, realizados, trilhados a partir de um diálogo acadêmico, de um diálogo com a técnica, com a sociedade”, comenta o subsecretário, Felipe César, ao frisar sobre a relevância desse diálogo.
“Para nós, vir até aqui, é uma honra, é um prazer. Mas é também uma necessidade, porque são as ideias que são a prova de bala. E a gente precisa continuar falando, pautando, propondo, porque enquanto a gente estiver semeando novas ideias, o poder paralelo não vai ter espaço ou pelo menos vai ter mais dificuldade. A gente não pode se render”, afirma o ex-aluno da UCP.