Tabagismo
Centro de Ciências da Saúde Tabagismo Publicação: 01 de fevereiro de 2022 Sobre o projeto Um projeto de extensão do curso de Biomedicina Professor responsável: Adriana de Oliveira Afonso Eixo temático: Saúde e Cidadania “Tabagismo” é um projeto de extensão da UCP desenvolvido pelas alunas Beatriz Lima, Flávia Cascabulho, Maria Eduarda Cordebello, Olívia Rafaela e Paula Cascabulho no segundo semestre de 2021 que tem como objetivo a conscientização ao público. Tabagismo A epidemia de tabaco é uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou, sendo responsável pela morte de mais de 8,7 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes são resultado do uso direto do tabaco, enquanto mais de 1,2 milhão de mortes são resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2021). Segundo o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco é uma das maiores causas evitáveis de morte prematura do mundo, além disso, custa à economia global cerca de US $1,4 trilhões a cada ano. Isso afeta desproporcionalmente as pessoas em países de baixa e média renda. A epidemia de tabaco é uma das maiores ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou, sendo responsável pela morte de mais de 8,7 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes são resultado do uso direto do tabaco, enquanto mais de 1,2 milhão de mortes são resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2021). Segundo o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco é uma das maiores causas evitáveis de morte prematura do mundo, além disso, custa à economia global cerca de US $1,4 trilhões a cada ano. Isso afeta desproporcionalmente as pessoas em países de baixa e média renda. O tabagismo é uma doença que é um determinante importante para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, também, contribui para o desenvolvimento de outras enfermidades, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2020). A boa notícia é: sabemos como enfrentar esse assassino. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), para proteger a saúde das pessoas na Região das Américas, é necessário intensificar urgentemente as medidas de controle de tabaco, particularmente aquelas que garantem espaços públicos e locais de trabalho livres do tabaco. A maioria dos adultos que fumam regularmente no Brasil iniciaram antes dos 19 anos de idade. Por esse motivo a OMS considera o tabagismo uma doença pediátrica. Não obstante, os fabricantes de produtos derivados de tabaco desenvolvem estratégias diversas para aliciar adolescentes e jovens para repor o seu mercado consumidor. Nesta perspectiva, ações de promoção da saúde e de prevenção são extremamente importantes. É importante conscientizar o público sobre as questões relacionadas ao controle do tabaco assegurando o direito à saúde a todos, em especial, às crianças, adolescentes e jovens. Cigarro eletrônico Os dispositivos eletrônicos para fumo (DEF) são conhecidos popularmente por diferentes nomes, entre eles estão: cigarro eletrônico, Vape e Pod. Esses aparelhos podem possuir diversos tamanhos e formatos, e no geral são constituídos por uma bateria, um local para armazenamento de líquido e um elemento de aquecimento (chamado de atomizador). Tais elementos podem ser observados na imagem abaixo (figura 1): Durante o funcionamento desses dispositivos o líquido que está armazenado no cartucho, chamado de e-líquido, é aquecido por meio de um circuito elétrico e com isso ele evapora, podendo então ser tragado pelo usuário. Esse líquido pode conter diversas substâncias prejudiciais à saúde, entre elas estão: nicotina, acroleína, propilenoglicol, glicerina vegetal, aromatizantes, compostos orgânicos voláteis (Ex: etanol) metais pesados e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Ao lermos esses nomes não sabemos dizer o quão mal essas substâncias podem fazer, certo?! Vamos falar um pouquinho sobre cada uma delas. Nicotina: presente em cigarros comuns, pode induzir ao abuso e a dependência; além disso ela está relacionada a diversas enfermidades como: Doenças no aparelho respiratório (Ex: asma, bronquite crônica, infecções respiratórias e enfisema pulmonar); Diversos tipos de câncer (Ex: leucemia, colo de útero, pulmão, faringe, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim e bexiga); Doenças cardiovasculares [Ex: hipertensão arterial, aneurismas, acidente vascular cerebral (AVC), tromboses, angina e infarto do miocárdio]; Úlceras no aparelho digestivo; Problemas reprodutivos (Ex: infertilidade, impotência sexual, complicações durante a gravidez e menopausa precoce); Acroleína: Possui um potencial cancerígeno e é muito irritante, podendo irritar a pele, olhos e nariz. Propilenoglicol: Provoca sintomas parecidos com a de uma infecção respiratória do trato superior, além disso, possui um potencial cancerígeno. Glicerina vegetal:Pode causar: Irritação nos pulmões, olhos e esôfago. Doenças cardiovasculares; Doenças psiquiátricas; Distúrbios neurodegenerativos; Déficits sensoriais; Aromatizantes (Ex: diacetil e 2,3-pentanodiona): Pode levar a: Redução da capacidade pulmonar; Fibrose das vias aéreas; Indução do efeito pró-inflamatório em células epiteliais pulmonares e em fibroblastos pulmonares primários; Compostos orgânicos voláteis: Pode causar: Danos ao fígado; Irritação no trato respiratório e nos olhos; Comprometimento neurológicos; Metais pesados (Ex:chumbo, níquel e silício): Apresentam propriedades: Neurotóxicas; Hematotóxicas; Nefrotóxicas; Cancerígenas; Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos: Pode levar a efeitos: Cancerígenos; Imunológicos; Respiratórios; Reprodutivos; Neurológicos; Esses dispositivos são permitidos no Brasil? Não, eles não são permitidos no país. Isso porque, em 2009 a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a comercialização, propaganda e importação desses dispositivos por meio da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) n°46. Atualmente, os dispositivos eletrônicos para fumar estão passando por um processo de discussão regulatória contido na Agenda Regulatória (AR 2021-2023). Existe também um projeto de lei (PL 3352/2021) sendo analisado, este tem por objetivo autorizar a comercialização e a utilização dos cigarros eletrônicos seguindo os mesmos critérios que um cigarro comum. Exemplo 1: Eu só poderia utilizar cigarro eletrônico onde é permitido utilizar cigarro comum. Exemplo 2: Os cigarros eletrónicos só poderiam ser vendidos para maiores de 18 anos. Apesar disso, a Associação Médica Brasileira (AMB) se posicionou contra a esse projeto de lei e afirmou que a Anvisa deveria manter a RDC n°46. Isso porque, segundo a AMB, os