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Biomédica formada na UCP é selecionada para atuar em Departamento de Física de universidade nos EUA

11 de abril de 2023

Ver os egressos da UCP conquistando seu espaço no mercado de trabalho já comprova a missão da Instituição de formar profissionais competentes. Quando essas conquistas cruzam as fronteiras, a UCP fica ainda mais orgulhosa dos seus alunos. É o caso da biomédica Raissa Santos de Lima Rosa, de 26 anos, que já trilha uma carreira promissora, agora atuando no Departamento de Física da Auburn University, no Alabama, nos EUA. A jovem cientista, que se apaixonou pela pesquisa quando cursava a graduação na UCP, viu na experiência que teve ao contrair tuberculose, a oportunidade de avançar no tratamento da doença e de outras doenças tropicais negligenciadas.

“O desejo de atuar no ramo da pesquisa surgiu ainda na minha iniciação científica. Nessa vi que a curiosidade de cientista poderia aflorar e contribuir para a sociedade ao mesmo tempo. Durante a minha iniciação fui apresentada a esse meio da Bioinformática e desde o início me apaixonei. A bioinformática tem como um dos propósitos a redução de testes em animais, além de otimizar o tempo para a produção de um remédio, por exemplo. Vimos muitos exemplos dessa aplicação na pandemia, pois necessitávamos de tratamento com urgência”, explica a pesquisadora, que decidiu aplicar as ferramentas de bioinformática no estudo de doenças tropicais negligenciadas.

“Essas doenças são prevalentes em países subdesenvolvidos e a indústria farmacêutica não realiza investimento para encontrar remédios novos. A escolha dessa temática começou quando eu contraí tuberculose em 2016 e vi o quanto era difícil o tratamento. Infelizmente os remédios são muito fortes. Além disso, requer acompanhamento de perto. A tuberculose geralmente está presente em regiões mais pobres, e um dos fatores de abandono do tratamento é tanto o deslocamento até o centro especializado para fazer o acompanhamento até a toxicidade dos remédios”, conta a cientista sobre a motivação de iniciar a pesquisa dessas doenças.

Trajetória na pesquisa iniciada ainda na graduação

Formada pela UCP em 2018, Raissa começou na pesquisa ainda na graduação quando fez a iniciação cientifica no Laboratório de Macromoléculas no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), onde foi aprovada em primeiro lugar no mestrado do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia. Em seguida, a biomédica passou em primeiro lugar no doutorado do Programa de Biologia Computacional e Sistemas do Instituto Oswaldo Cruz, no qual está vinculada. Em 2021, ela conheceu o pesquisador, Dr. Rafael Bernardi, da Auburn University, onde está atuando, por meio do Programa de Internacionalização ((PrInt) do doutorado.

“Conversamos sobre o projeto e pensamos juntos em tudo para aplicar a metodologia que Dr. Bernardi tem expertise com meu atual projeto. Ao escrever e submeter o projeto ao edital do PrInt em janeiro de 2022, obtive a resposta em maio que havia sido contemplada. Assim, iniciei em setembro de 2022 no departamento de física, pois é o local em que Dr. Bernardi trabalha com biofísica”, conta a jovem, que não esquece o papel da UCP na sua trajetória.

“A UCP foi e é como uma casa para mim, me sinto sempre acolhida todas as vezes que a visito. Tive a sorte de ter professores de extrema excelência e com uma dedicação impecável para passar seu conhecimento. Com didáticas incríveis e com notáveis estratégias de ensino que, com toda a certeza, contribuíram para eu aprender de fato o conteúdo e não só uma simples memorização para uma prova”, comenta a egressa ao destacar a importância do papel dos professores não apenas na aprendizagem, mas ao apresentar a pesquisa já nos primeiros anos da graduação.

“O corpo do docente, sem dúvida, fez toda a diferença para o nascimento da cientista Raissa. Sempre acessíveis, os professores estavam dispostos a dar atenção e contribuir para nossas carreiras. Além disso, o despertar da curiosidade cientifica sempre esteve presente nas minhas aulas levando ao desenvolvimento do meu pensamento crítico. Hoje digo que tive um privilégio de estar com verdadeiros educadores que me elevaram profissionalmente e impactaram na minha visão sobre como um profissional da educação deve conduzir um ensino de excelência. Só tenho a agradecer”, disse.

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Biomédica formada na UCP é selecionada para atuar em Departamento de Física de universidade nos EUA