09 de agosto de 2023
Entre apenas 15 candidatos aprovados para o mestrado em Tecnologias da Reprodução Humana Assistida na Universidade Pompeu Fabra (UPF), em Barcelona, na Espanha, um deles é a biomédica Vittoria Lissoni, formada pela UCP. A egressa graduada em julho de 2022 começa, em setembro, o curso na cidade espanhola para se especializar na área que sempre a encantou e a qual vai dedicar-se na carreira.
A curiosidade despertada lá no Ensino Médio sobre o funcionamento do sistema reprodutor se transformou em paixão para a vida profissional e encantou cada vez mais a biomédica, que focou seus estudos nessa área durante a graduação e, agora, no mestrado na Espanha.
“Desde o Ensino Médio eu era encantada pelo estudo sistema reprodutor, de como uma vida era criada, como duas células tão distintas eram capazes de gerar vida. Minha ideia desde quando eu fiz o ENEM (eu era ProUni) era fazer biomedicina para seguir a área da embriologia mesmo. O mestrado tem uma linha de pesquisa de infertilidade de pacientes, e apresenta e capacita os profissionais para realizar as técnicas de Reprodução Humana Assistida propriamente ditas, como fertilização in vitro, injeção intracitoplasmática de espermatozoide, inseminação artificial, transferência de embriões congelados, entre outras”, explica a biomédica, que pretende oferecer aos pacientes um serviço diferenciado e mais humanizado.
“Meu objetivo após me tornar embriologista é (a longo prazo, claro) abrir minha própria clínica de fertilidade, que tenha um acompanhamento diferencial com os pacientes que já chegam super fragilizados para realizar os procedimentos (que algumas vezes podem dar errado também). Eu gostaria de abrir uma clínica que acompanhasse todo o processo do paciente, desde apoio psicológico antes da tomada de decisão de fazer o procedimento; esclarecer todas as etapas que serão realizadas; explicar principalmente o porquê pode não dar certo; até ter o suporte para acompanhar a gestação, com salas para ultrassom e, quem sabe, uma ala para que se realizem os partos”, sonha a jovem, que não esquece o papel da UCP na sua formação.
“A UCP possibilitou meu primeiro contato tanto com a área da pesquisa, quando fiz minha Iniciação Científica no INMETRO, quanto em laboratório, com os estágios nos hospitais. Além disso, a professora Camila Brand foi quem fez eu me apaixonar pela área de vez. Ela que lecionava as disciplinas de “embrio” e desenvolvimento tecidual. E a cada semana de gestação que ela nos ensinava eu ficava mais maravilhada”, lembra Vittoria, que chegou a ser aprovada para o mestrado assim que se formou, mas como a turma atingiu o número de vagas limitadas e não teve desistência, precisou aguardar uma nova seleção.
“Dessa vez me inscrevi assim que as inscrições abriram para esse ano, logo na primeira chamada e deu tudo certo”, lembra a jovem que está ansiosa para uma nova fase de conhecimento.