Uma a cada 36 crianças está dentro do espectro autista. Os dados divulgados recentemente são do órgão de saúde Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos EUA e revelam a estatística mais próxima do transtorno, cada vez mais diagnosticado, também, em jovens e adultos. E boa parte destes jovens, hoje, tem uma vida universitária. Em abril, mês da conscientização do autismo, a UCP promoveu uma palestra para falar sobre o autismo na sociedade e na universidade. O encontro aconteceu nesta segunda-feira (17.04), no Auditório 3 do Campus Dom Cintra.

“Falo de autismo na sociedade. O meu desafio é porque eu não sei qual é o grau de conhecimento que as pessoas têm sobre o assunto. Então o que eu estou pensando. Vou falar aqui para pessoas que nunca ouviram falar de autismo na vida. Porque a gente que anda na bolha do assunto, tende a achar que todo mundo está superinterado. E quem não entende de autismo é porque não sai de casa. E não é assim. Meu objetivo é trazer as pessoas para dentro do tema, mesmo que partindo do zero”, explica a professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UCP, Danielle Inocencio, que é psicomotricista e destaca a importância de falar sobre o tema na universidade.

“Precisamos falar de deficiência e de autismo em todos os lugares, eu falaria sobre isso na igreja, na padaria, na escola, no hospital, em qualquer lugar. Mas falar na universidade é um lugar que eu domino. Sou docente no Ensino Superior há 14 anos. E porque estamos num momento histórico que é a chegada maciça da deficiência e do autismo na universidade. Este é o momento dead line para que a gente se prepare para receber e transformar uma universidade num lugar inclusivo, justo e acolhedor. Até para os próprios autistas entenderem que aqui é um lugar para eles”, frisa.