Prezados membros da comunidade universitária – reitoria, direção, coordenadores, corpo docente, corpo discente e funcionários – movido por esperança sóbria, dirijo-me a vocês com estas palavras.

As Universidades Católicas, no que diz respeito à pessoa humana, são as únicas capazes de oferecer uma visão integral do homem, graças a seu patrimônio doutrinal que vem do Evangelho e da tradição filosófico-teológica cristã; no que diz respeito às formas de conhecer, promovem um diálogo entre fé e razão, não como realidades opostas ou justapostas, mas como dois métodos para se ascender ao conhecimento do ser humano em todas as suas dimensões essenciais: ao conhecimento de si próprio, de sua abertura ao outro e a Deus. No que diz respeito à cultura e sua relação com o Evangelho, este abre a cultura a sua mais vasta possibilidade de crescimento, uma vez que aponta para o que há de mais elevado: a pessoa humana e sua transcendência, seu destino eterno. Assim, tudo o que contribui para o progresso da humanidade, respeitando essa dignidade, passa a ser considerado um avanço da cultura, que será produzido e acumulado para as gerações futuras.

A título de memória, na segunda metade do século passado, a Igreja Católica, sensível aos problemas enfrentados pelo progresso nos mais variados campos do saber, dialoga com a sociedade no que se refere à educação. Ciente disto, D. Manoel Pedro da Cunha Cintra, como um profeta, vislumbra uma solução à altura da gravidade do problema educacional, inserindo na história, e no mundo da cultura petropolitana, a mais bela resposta – cria a nossa UCP, uma Universidade no seu sentido original, como multidão de todos os conhecimentos voltados para a unidade do saber, onde pluralidade e multiplicidade de ciências e disciplinas se convergem na unidade da busca da verdade, que não deve perder suas forças ao longo do caminho non excidet (não esmorecerá).

Hoje, percebe-se que as universidades tiveram que se distanciar de sua identidade original e assumiram uma nova face. Por isso, para mim se impõe um grande desafio, que é o de responder à demanda atual da sociedade pragmática e imediatista e, concomitantemente, manter a identidade original da universidade, que exige a formação integral do ser humano. Para iluminar esse desafio, o Evangelho segundo S. Mateus nos traz o ensinamento de Jesus que, após falar em parábolas sobre o reino de Deus, diz: “todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas.” (Mt 13,52).

Quero afirmar, então, que meu empenho será realizado com esmero para manter a memória do que moveu as pessoas que idealizaram esta Universidade há 60 anos e, ao mesmo tempo, para promover a excelência acadêmico-administrativa da UCP, de forma a atender a todas as exigências de qualidade deste novo milênio. Reconheço que somos hoje o resultado de nossos antecessores que non excididerunt, que não esmoreceram, que não perderam suas forças, não desanimaram.

Nossa Universidade está preparada para enfrentar esses desafios, pois conta com um corpo docente com titulação acima de 2/3 entre mestres e doutores, uma verdadeira nata no meio acadêmico; tem também os melhores laboratórios da região serrana e interior do Estado que atendem perfeitamente aos seus cursos. Assim, você e esta Universidade Católica de Petrópolis são uma promessa que brilha diante desse novo horizonte de possibilidades; você na Universidade Católica de Petrópolis é a certeza da realização de mais uma história de sucesso.

Caríssimos, esta reitoria – Pe. Pedro Paulo, Maestro Marcelo Vizani, Prof. Sergio Salles, Dr. Anderson Cunha, Sr. Henrique Lisboa – está empenhada em oferecer uma educação cristã e uma formação profissional de excelência para que os estudantes aqui formados estejam em grau de vantagens na competitividade de ingresso no mercado de trabalho, mas que também sejam promotores da cultura da vida, de uma cultura verdadeiramente humana – por ser cristã.