29 de agosto de 2025
Muito mais que imponentes construções, a UCP traz em sua história a chegada do Ensino Superior na Cidade Imperial. E ela foi tema do projeto Fale-me de Petrópolis, uma iniciativa do Museu Imperial que resgate e mantém viva a memória e a história do município. O bate-papo, aberto ao público e que acontece na última quinta-feira do mês na Biblioteca do Museu, foi nesta quinta (28.08) com o coordenador do curso de História da Universidade, Prof. Me. Bruno Tamancoldi.
O evento recebe personalidades e figuras importantes da cidade e nesta edição atraiu ex-alunos das turmas iniciais da Instituição e de outros cursos, como o desembargador Miguel Pachá. Egresso da segunda turma do primeiro curso da UCP, a graduação em Direito, onde também foi docente, ele fez contribuições generosas ao relembrar alguns momentos de sua passagem na Universidade.
O coordenador da licenciatura em História da UCP, Bruno Tamancoldi, destaca a relevância de falar sobre a primeira universidade de Petrópolis em um espaço tão significativo.
“Como bem nos lembra o medievalista francês Jacques Le Goff, a memória precede a História. Há nuances da lembrança que a narrativa histórica dificilmente alcança e é por isso que recordar é um gesto essencial. Ao relembrarmos, damos vida ao que parecia esquecido, transformando memórias em histórias que nos pertencem profundamente. Falar da UCP, essa casa de saber que me acolheu como aluno desde 1999 e como professor desde 2006, é sempre uma grande honra e fazê-lo em um espaço de memória tão singular quanto o nosso Museu Imperial é um privilégio. Ali, entre paredes que guardam ecos do passado, cada palavra parece encontrar seu lugar, como se a própria cidade sussurrasse suas lembranças”, comenta.
“O projeto Fala-me de Petrópolis tem sido uma ponte entre gerações, um fio que costura memórias e fortalece o sentimento de pertencimento à nossa amada cidade. É uma iniciativa fecunda, que impede que as histórias se dissolvam no esquecimento e que, ao contrário, floresçam como parte viva da identidade petropolitana. Porque lembrar é resistir. É amar. É fazer da memória não apenas um registro, mas um lar”, destaca o docente da UCP.